segunda-feira, 19 de maio de 2014

Escritora aponta a opção pela leveza para vivermos bem

Em palestra, escritora aponta a opção pela leveza para vivermos bem


Escola Judicial | 18.05.2014


Leila Ferreira fez uma reflexão sobre o que podemos fazer para melhorar os nossos relacionamentos

Renata CaldeiraPalestra Leila Ferreira
 “Temos que ter a mesma leveza dos pássaros, não a das plumas. As plumas são desconexas, já os pássaros não só plainam, mas voam para a direção que escolhem”. Assim se expressou a jornalista e escritora Leila Ferreira na palestra “Viver não dói” ministrada para gestores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Ela sustentou que não existe vida sem problemas. “Não existe receita para a felicidade, mas algumas coisas nos deixam mais perto da felicidade. Vive bem, quem convive bem. Quem se relaciona bem com o outro. A competência relacional é tão importante que ela deveria ser ensinada nas escolas”.

Leila Ferreira fez uma reflexão sobre o que podemos fazer para melhorar os nossos relacionamentos. “A primeira coisa que falta a muita pessoa é a gentileza. Vivemos uma epidemia da falta de educação, do respeito, da cordialidade. Quando se é grosseiro com uma pessoa, você não afeta somente a pessoa. Todos no entorno sofrem”. Para os gestores do TJMG ela foi enfática: “chefe sem educação faz mal não só ao subordinado, mas a aqueles que estão em volta e ao coração”.

Muito poder, pouca educação

A jornalista disse que há muita gente com muita formação educacional, muito poder, mas sem nenhuma educação no trato com o próximo. Para ela, a educação complementa a competência adquirida. “Não dá para respeitar um profissional que não tenha educação. Não há currículo que redima este tipo de pessoa”, observou.

Leila Ferreira defendeu que, nos dias de hoje, o ser humano está viciado em “acumular”. Compra-se muito e guarda-se muito. Para ela, falta gentileza para repartir. “Para ser gentil, você deveria repartir o espaço, a compaixão, a empatia. Hoje em dia, as pessoas optam pelo mundo da aparência, do se mostrar o tempo todo que estão felizes e se esquecem de se interagir de verdade com o outro”.

A única obrigação que as pessoas deviam ter na vida é de serem legais. Leila Ferreira disse que as pessoas não deviam pensar que vivem para fazer bonito para os outros, para somente ganhar dinheiro, fazer sucesso, competir. “Estão aqui para serem boas, decentes e éticas. Infelizmente, no meio desse caminho está a tecnologia, que é desprovida de caráter, alma e ética. Mas dependendo da forma que é usada ela pode, sim, afetar as relações pessoais. A tecnologia é ótima, mas no momento em que ela começa a afastar as pessoas, ela deixa de ser fantástica e passa a ser um complicador.

Ela critica o exagero do uso de redes sociais e dos smartphones. Segundo ela, o mundo virtual tem diminuído a oportunidade dos relacionamentos face a face, do diálogo franco entre as pessoas.

O bom humor

Conviver com pessoas mal-humoradas é muito complicado. Para Leila Ferreira, caso tenham 10 pessoas em um lugar e apenas uma for mal-humorada, ela vai contaminar as outras. “As pessoas têm mil motivos para ter angústia, tristeza, ansiedade, mas estes pontos devem ser processados dentro de cada um. Já o mal-humorado faz questão de apresentar sua fatura da infelicidade para outro pagar”.

A jornalista trouxe ainda a reflexão sobre a importância de se refletir sobre cada um de nós: “que espécie de filho, esposa/marido, chefe, colega de trabalho somos. Temos competência para criar uma vida melhor, com mais significados”.

Aprender a ser leve não é fácil, mas é preciso tentar. Mesmo que as pessoas estejam infelizes, elas não têm o direito de levar infelicidade à vida dos outros. Fazendo uma menção ao tema da palestra Leila disse: “Viver não dói; o que dói é a vida que não se vive. Quanto mais bela, sonhada, mais bem vivida.”

Para encerrar o encontro, Leila se lembrou de uma frase do filósofo e escritor Jean-Paul Sartre: “Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim.”

Esse foi o terceiro de cinco módulos a serem apresentados ao longo do Programa de Desenvolvimento Gerencial (PDG) que é uma iniciativa da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) e direcionados a gestores do TJMG.

Assessoria de Comunicação Institucional - Ascom
TJMG - Unidade Goiás
(31) 3237-6568
ascom@tjmg.jus.br
facebook.com/TribunaldeJusticaMGoficial
twitter.com/tjmg_oficial

Nenhum comentário:

Postar um comentário